As cartas de meu baralho falam de coisas que não entendo.
Não me respondem às perguntas que teimam em não calar.

Postas por sobre o pano branco da minha vida, dizem o quê?
Quem é o louco, o mago, a imperatriz?
Como girar o carro da fortuna?
Onde estará o meu amante?

Traço a sorte para descobrir
Quem embaralhou o meu destino.
Onde está o Ás da minha manga?
A que hora devo entrar na partida, virar o jogo?

Na mesa, só eu e as figuras
De um jogo posto, iniciado
A luz como um foco nas mãos afoitas,
Às vezes loucas, às vezes mortas,
Buscam em todas as cartas, respostas.
Foto: Porto de Valência

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