Amor em desatino
Por que escuto palavras de ferro, se meu peito é flor em um
alvorecer?
Para quê a sorte de um amor tão forte, mas que em desatino
faz-me esmorecer?
Como refazer o fio desta história, buscar na memória um novo
tecer?
Quais foram as trilhas que deixei passar, onde errei as
milhas deste caminhar?
Nem tantas palavras conseguem dizer o que meu peito escreve
para descobrir
Escavo mil cenas, sentimentos, frases, que me tragam as pistas
que perdi de ti
E neste arrodeio do meu sofrimento, calo um momento para me
sentir
Novamente erro, no meio do receio, o percurso certo e te
vejo sumir
Ah, como eu queria, uma luz, um guia, que me ensinasse a te
acompanhar
Seria um tesouro encontrar tua linha, unir com a minha para
me levar
E chegar contigo em qualquer abrigo, onde seria a casa que
sonhei pra mim
E ao deitar no colo do teu peito solo, adormecer nos braços
de um amor sem fim
Foto: Alcântara/MA
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