Olhos de Bila




Joguei meus olhos de bila esverdeada só pra te ganhar.
Mas no final da partida, perdi meu prumo, fiquei sem rumo,
solta a vagar.
Tentei deixar o coração falar, ele gemeu, susurrou, gritou,
mas vc não ouviu.
Teus olhos de bila, feito vidro frio, não me deram ouvidos,
nem me viram ali.
Tuas palavras de gelo, cortam meus apelos,
mas eu já desisti.
E ainda enfrento no meu peito o tormento de lembrar teu rosto
e do teu sorrir.
Como eu desejo apagar teus olhos, esquecer teu nome
e errar teu caminho.
Vou lutar agora contra meus desejos, esquecer os beijos
e os teus carinhos.
Te desejo sorte, que encontre um norte pra você seguir.
Te desejo paz, já que em mim é jaz, mas você merece
um novo sentir.
Quanto a mim só peço a Deus do céu agora que me falhe a memória
deste sentimento.
Que me encante logo, com um amor de sorte, que me queira o tanto
que eu tenho dentro.
Nem sei se mereço um amor assim, se há tanto tempo venho recebendo
do destino um não.
Mas se em meu destino eu tiver o tino de o amor tão fino,
terá uma razão.
Quando ele chegar, de súbito ou mansinho, ah, eu sei do mimo,
que eu terei pra dar.
E outra poesia, essa de alegria, do meu peito enfim
deverá brotar.

Foto: Centro de Recife

Comentários

Josy Maria disse…
Querida,
Bom encontrar seus escritos!
Não achei sua janela de seguidores, mas podes encontrar a minha em meu blog: www.cadernodiversos.blogspot.com
Sempre bom falar contigo!
Beijo grande,
Josy

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